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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

1º Show, 1º ticket!




7ª edição do Hollywood Rock

Sábado, 15 de janeiro de 1994: 1º show, 1º ticket da coleção*, 1ª vibração Rock and Roll!!!

*(o ticket, na verdade um cartão magnético, foi engolido pela maldita catraca destruidora de lembranças. Um verdadeiro monstro capitalista! Mas restou a capinha para minha recordação – rs )

Nunca tinha visto o Morumbi tão cheio! O público não estava, como de costume, apenas nas arquibancadas. Eles haviam dominado todo o gramado. Isso para mim era novidade porque o gramado era reservado apenas a jogadores de futebol e não para meros torcedores-espectadores!

Essa emoção e a experiência do primeiro show de rock eu compartilhei com um amigo, o Michel – cujo show não era o primeiro, e com minha irmã, que jamais a imaginei por ali.

A Cássia, na época com 24 anos, tinha até a camiseta oficial do evento, que nem sei de onde ela havia tirado, e um dia antes havia rasgado uma calça novinha da Khelf pra ficar no estilo! Sem contar aquele All Star de cano longo que junto com os demais acarpetavam o Morumbi.

Eu, com 17, ainda frustrado por não ter ido, um ano antes, ver o Nirvana cuspir nas câmeras da Globo, e sequer tive a oportunidade de ir ao Rock n’ Rio – acho que é por isso que eu sou assaltado toda vez que vou pra lá – delirava com a fumaça alheia dos maços de Hollywood, com o aperto das pessoas para se aproximarem da grade e com aquele ar de liberdade típico de shows de Rock!

A abertura do festival foi com o Titãs: tocaram músicas do Titanomaquia, último álbum com algo que prestasse e primeiro sem o Arnaldo Antunes, e antigos clássicos (como Polícia, Marvin e Jesus Não Tem Dentes No País Dos Banguelas). O show foi bem agitado e eles conseguiram animar o começo de noite. Saíram aplaudidos!

O segundo foi o do Poison: lembro claramente da gigantesca maioria do público sentar no gramado pelo tédio daquele som enquanto viam catatonicamente algumas “coisas teen”, de ambos os sexos, gritarem para aquele bando de cabeludos metidos a sex symbol, ricos e “patrocinados pela indústria de cosméticos”!

E fechando a noite: Aerosmith!!!!

Os caras tinham acabado de superar a fase mais tóxicas de suas vidas. Lembro até de uma entrevista em que um dos integrantes dizia ter “cheirado seu helicóptero”. Algo realmente impressionante e tipicamente rock star!

A performance de palco do vocalista Steve Tyler e a guitarra de Joe Perry conduziram a noite divinamente! Até hoje tenho ótimas lembranças daquele dia porque sai de lá com a sensação de que ser rock star é a única que realmente vale a pena!

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá! eu sou a Cássia, sinceramente, estava difícil lembrar-me deste show. Mas, finalmente consegui e descobri porque da dificuldade......
Adorava os Titãs, algumas músicas do Nirvana, Air Made (nem sei escrever), mas, o resto....., só sei que eu estava lá! Morumbi, vestida a caráter, acompanhada de meu irmão inteligente (ele manjava tudo de rock) e seu amigo.
Entramos no Morumbi, eufóricos, 1º. Show, Rock n’ Rio, pisando naquele gramado. Logo decidimos ficar bem perto do palco. Aí começa o “CHOU”
Na metade do caminho até o palco, eu já não conseguia respirar e tão pouco enxergar, dei meia volta e fiquei perto dos portões, sentada na grama, sozinha, assistindo o telão, sem pegar ninguém, enquanto os dois curtiram o show lá pertinho.
Bom gente, acho que acabei de descobrir porque só vou à shows se tiver lugar privilegiado, porque shows são só pra maiores de 1,70mt e eu só tenho 1,52....
Conselho: Se teu irmão te chamar pra um show ....... faça uma pesquisa ou isso pode lhe causar um trauma.

Carol Gavranic disse...

Q lindo seu blog.....adorei!!!!!
É enquanto vc tava la vendo tudo ao vivo eu assistia pela TV, era fã, nao perdia um....mas nao lembro de detalhes assim como vc.
BJS

Das Estepes disse...

HAhaha
muito bom!

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