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quarta-feira, 19 de março de 2008

Arthur C. Clarke


16/12/1917 - 18/03/2008


Morreu ontem, aos 90 anos, vítima de parada cardiorrespiratória, Sir Arthur Charles Clarke, o criador de uma das maiores obras de ficção científica: “2001: Uma Odisséia no Espaço”. O livro foi publicado em 1964 e em 1968 ganhou uma filmagem homônima dirigida pelo genial Stanley Kubrick.

Clarke publicou mais de uma centena de livros cujos temas eram sempre o espaço, o futuro e a ciência. Suas obras sempre traziam previsões futuristas embasadas na ciência.

Além de escritor Arthur Clarke também era renomado cientista. Um de seus trabalhos mais importante é o conceito de órbita geoestacionária, também conhecida como órbita de Clarke, que mantém os satélites em posição fixa em relação ao solo.

Em sua homenagem deixo aqui uma de suas frases mais célebres:

“Tenho certeza de que o Universo está cheio de vida inteligente. Só que ela é inteligente o bastante para não vir aqui”.

Sir Arthur Charles Clarke

segunda-feira, 17 de março de 2008

Somewhere Back in Time




1985, 1992, 1996, 1998, 2001, 2004 e 2008

Logo que os ingressos começaram a ser vendidos, em dezembro, não demorou muito para que em menos de uma semana já estivessem esgotados.

Dezembro passou! 2007 acabou! Então chegou 2008! Aí começou a tortura: janeiro, fevereiro e enfim março!!!!

Dá para notar o quanto fiquei ansioso ao longo desses quase 3 meses por não ter conseguido meu ingresso para o show do Iron. Também pudera ouço e gosto dos caras desde os meus 9 anos.

A história começa assim: em 1986 meu pai adoeceu e devido a um câncer ficou internado alguns meses. Infelizmente, logo após esse período ele faleceu. Por causa disso eu e meus dois irmãos, menores, passamos uma temporada na casa da minha irmã mais velha, filha do 1º casamento de meu pai.

A tristeza dessa perda me levou a passar as horas ouvindo música. Era a única maneira de meus pensamentos sumirem e o meu corpo ficar numa espécie de torpor, anestesiando a dor que eu não conseguia suportar.

Meu sobrinho, mais velho do que eu, tinha muitos discos e fuçando neles foi então que eu me deparei com um assustador: era “The Number of the Beast”!

Ver um demônio sendo manipulado por uma caveira, que me lembrava à morte, na capa do disco me chocou! E de alguma forma aquilo me despertou uma curiosidade! Foi assim que eu comecei a ouvir Iron Maiden!

Como esse blog trata de memórias a partir de tickets não podia deixar de contar essa história porque ela é marcante e é a partir dela que eu estava ali em frente ao Parque Antártica em busca do meu ingresso. No final eu o consegui das mãos de um interiorano, de São Paulo, que tentava vendê-lo a um cambista. Paguei o dobro por ele, e mais 2 cervejas, deixando o cambista furioso. (hahahahahahaha)

Abertura

Pontualmente às 19 horas Lauren Harris – nem preciso dizer de quem ela é filha (rs) – e sua banda abriram o show. Tocaram por cerca de meia hora. A banda até que se esforçou para animar o público mas a euforia por Iron era tão grande que não ajudou muito.

O som era regular. Nada demais! O estilo era um heavyzinho, com pitadas de Hard Rock, bem fraco.

Iron Maiden

Então Winston Churchill discursa: começa Aces High! Explodi de alegria! Naquele momento nada mais importava. Deixei de lado as frustrações, as tristezas e as decepções. Assim como eu o público delirava, nem nos importamos com a falha do microfone do Bruce nem com a chuva que caia. Era tanta energia que se cada fã fosse uma bomba de nêutrons e o palco fosse uma atômica o mundo tinha acabado.

Em seguida vieram as músicas Two Minutes to Midnight e Revelation: cantávamos em coro com os braços erguidos saudando uma das maiores bandas de heavy metal. Ao final delas Bruce entra vestido de soldado inglês com a bandeira do Reino Unido e grita: “The Trooper!”. "Puta que pariu!" Desculpe o palavrão mas foi isso que senti quando a música começou.

Wasted Years me fez perder o fôlego!

Can I Play With Madness me fez rir e lembrar que eu estava de camiseta rosa no meio de uma massa de camisetas negras. Eu não havia saído de casa e por isso não estava apropriado. Também não podia gastar mais comprando uma. Pouco me importava se eu destoava de todos, estava ali apenas para ouvir os caras!

The Rime of the Ancient Mariner foi para mim a maior surpresa! Nunca imaginei ouvir isso ao vivo! E se o Iron tocasse apenas essa música eu já me dava por satisfeito!

Powerslave eu ouvi calado me concentrando apenas nos riffs de guitarra.

The Number of the Beast, Heaven Can Wait, Run to the Hills e Fear of the Dark formaram a seqüência mais cantada e eufórica de todo o show.

E como tudo que é bom acaba! Veio Iron Maiden, essa teve o Eddie desfilando pelo palco. E no refrão eu me esgoelava!!!

O bis foi divertido e interessante com Moonchild, The Clairvoyant e Hallowed be thy Name mas faltou Flight of Icarus para fechar a noite, o show e a turnê. Entretanto se a promessa do Bruce se cumprir em 2009 eu estarei lá para ouví-la, ver as explosões e os bonecos!

Vida longa ao Maiden!!!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Velhas Virgens


Sábado, 1º de março de 2008.

Fiz o pré aquecimento para o show do Iron Maiden assistindo um dos Velhas Virgens, no Inferno Club. A banda é uma das mais polêmicas do underground paulistano por misturar música, bebedeira, putaria e palavrões! Parece agressivo? Essa é a intenção!

E como era de se esperar o público acompanhou todas as letras se divertindo com muita cerveja, os Velhas têm fãs fieis que estão sempre com a banda onde quer que ela esteja.

Os caras mandaram bem à noite toda com a performance irreverente de sempre. No final, ainda brincaram tocando introdução de velhos clássicos do rock de bandas como Iron Maide, Black Sabbath e Rage Against the Machine.

Foi divertido!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Sweeney Todd



O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Em sua 6ª parceria, Johnny Depp e Tim Burton conseguiram surpreender. Quem esperava um musical dessa dupla? Ou ainda: quem esperava um musical elogiado pela crítica? Depp surpreendeu nas atuações e Burton na junção de filme musical, ambientado numa Londres gótica e vitoriana, com seu estilo sombrio.

Nas constantes cenas sangrentas, protagonizadas pelo personagem principal Benjamin Barker, Burton brinca, com a intensidade da cor vermelha, descaracterizando a violência e levando a uma obscenidade.

Barker é o alter ego negro de Edward Mãos de Tesoura e isso se evidencia quando ele segura as navalhas e diz: “Finalmente meu braço está completo!”.

A peça Sweeney Todd foi escrita em 1973, pelo dramaturgo britânico Christopher Bond, e em 1979 foi adaptada para a Broadway por Stephen Sondheim. O Sucesso, desde então, fez com que a DreamWorks adquirisse os direitos de filmagem e destinasse às mãos de Burton concretizar o projeto.

Comentários

Sou suspeito para falar de Tim Burton, ou mesmo de Johnny Depp, porque considero ambos autênticos e fora da mesmice de Hollywood, mesmo que eles atuem sob uma diretriz mercadológica e alienante do cinema americano. O que vejo é um ator que sempre interpreta papeis “marginais” invertendo a “marginalidade” dos personagens retirando deles os estereótipos sociais e colocando humanidade em cada um. Já o cineasta revela o lado obscuro e sombrio da vida através de uma outra ótica.

Gostei do filme!

Sinopse

Benjamin Barker (Johnny Depp) retorna à Londres, depois de 15 anos aprisionado, após ser obrigado a deixar sua esposa e sua filha. Ávido por vingança, agora usando a alcunha de Sweeney Todd, ele, logo, decide ir à sua antiga barbearia, agora transformada em uma loja de tortas feitas pela Sra. Lovett (Helena Bonham Carter). Com o apoio dela Todd volta a trabalhar como barbeiro, numa sala acima da loja, com um único objetivo: vingar-se do juiz Turpin (Alan Rickman), que o enviou para a Austrália sob falsas acusações para que pudesse roubar sua esposa Lucy (Laura Michelle Kelly) e sua filha.
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